domingo, 25 de março de 2012

Para falar de solidão


Quantas vezes nos sentimos ou ficamos confinados numa sala sem portas asfixiando o nosso viver e olhando as marcas que vão ficando no assoalho, nas idas e vindas do viver? Assombrar os sonhos com tempestades que trazem dor e farejar os aromas pelas frestas que vão se abrindo nesse turbilhão de emoções que vão deixando sulcos na pele, na face, no coração... Sentir-se só é uma das maiores dor... A noite escura da alma, o pedido de socorro que não chega. Todos caminham em direção inversa a você, caminham olhando para dentro de si e enquanto isso, tudo que era invencível, que um dia se mantivera de pé, vai se tornando numa avalanche de ruinas naquela sala sem portas, de repente tudo quer sair e engolfar-se num redemoinho gigante para o exterior, e o que fazer quando o contraditório se instala? Calar a voz ou gritar, aquietar a emoção e racionalizar a dor do viver que é o viver só. *Para aquietar a alma nesse principio de noite... apenas noite.